Os campos verdes infindos eram salpicados por pedras cinza-esverdeadas pelos anos como confeitos sobre um bolo e eram cortadas por baixos muros da mesma pedra antiga que cruzavam os campos como fios finos e escurecidos. O colorido de sofridas flores silvestres amarelas e roxo abatido davam um ar mais frio ainda aos altos pastos. As montanhas subiam altas e titânicas e o vento cantava silenciosamente e, no frio das serras altas, as araucárias erguiam-se altas e imponentes quase que tentando desafiar a montanha e de seus galhos inclinados e longos como braços finos desciam barbas de velho foscas e idosas.
E um suspiro escapa e uma nuvenzinha se forma perto da boca do poeta e ele olha e admira e se maravilha e sonha. Ele era um poeta, era isso que ele fazia.
E por isso ele sonhava.
E, numa montanha acima das nuvens cercado de grama que parecia não acabar e flores bravas que sobreviviam ao frio e araucárias que subiam retas e imunes que pareciam serem tão velhas quanto as próprias montanhas e as montanhas de pedra cinzenta como deuses olhando de seus tronos, ele sonha com coisas ainda mais fantásticas.
Pois era o que ele fazia, era sua maldição. E ele era um poeta.
Parabéns pelo seu blog! Gostei bastante das suas postagens.
ResponderExcluirDá uma passada no meu.
[aprocurainfinita.blogspot.com]
Olhaa q coisa mais perfeita!
ResponderExcluirVc põe a gente lá dentro do cenário!
Amei